Imensidões

Há imensidões de nós que na calada da noite são transcendências avulso...

Wednesday, November 09, 2005

Alegoria do meu encanto

Do algo,
Da impulsão,
Do momento,
Da situação.

Há que falar da vontade, do tal algo que comanda os dedos e faz divergir a mente.
Esse tal algo que me possui, me conduz, me delira.
Há que falar da vontade de escrever,
Dos contactos internos, reacções químicas, monumentalidades infinitas da realidade interior.
Há também que realçar da magia. Do porquê…
Do para quem? Se para mim somente, se para todos, ou para uma pessoa só…
Dos momentos em que sem pausas, sem segundos interrompidos na longa espiral de semânticas e sintaxes, me sento e peço às horas que não interrompam.
E então escrevo:
Sobre fábulas, personagens de sonhos antigos.
De amores, sexo, orgasmos e convulsões.
Do cinema, das imagens congeladas, das bandas sonoras divinas.
Do saber estar, amar, revoltar, gritar, sufocar.
De líricas que me encantam, de segredos espelhados na alma dum mundo que reitera presenças.
Das pessoas, dos rostos novos e idosos, do riso das crianças, dos jovens deambulantes.
Dos rituais, cerimoniais, alegorias.
De mim, de como sou, de quanto e quando sinto o que me faz mover.
O que me faz ser.
Porque indiscutivelmente:
Amo
Venero
Deliro
E encontro na escrita o alento de que o que sou não será tão efémero como as minhas pegadas na areia.

9 Comments:

  • At 4:45 PM, Blogger MIN said…

    Lá porque não se comenta não quer dizer que não se leia!
    Beijos

     
  • At 6:05 PM, Anonymous Anonymous said…

    Tu, como és, és admirável!
    (o nosso blog está para mto breve, espero q ñ t tenhas eskecido :x )

    ...

    Uma passagem apressada… um olá, um outro pequeno adeus, um grande obrigada. Ando consumida pelo tempo e lutando contra amarras de sonhos que me prendem e me libertam. Ando assim, vivendo por aí, procurando a alma em todo o lado. Ando mais distante, eu sei. Mas em breve voltarei eu. Ou um outro eu. Todos os dias.
    Só para dizer... Obrigado pelas visitas.
    E não, NÃO ME VOU EMBORA! Apenas o nome e o endereço mudaram... Agora sou em: www.aquelelugarperdido.blogspot.com
    Vão e voltem sempre. É também por vós que continuo.
    Bjo *

    Lost

     
  • At 10:57 PM, Blogger Walter said…

    Não é de hoje que sabes que eu admiro muito o que escreves, não so pelo modo como escreves, mas sobretudo por tudo aquilo que eu sinto quando te leio!És de uma envolvencia fenomenal, parece que quando te leio te oiço a dizer as palavras que só por serem tuas fazem tanto sentido!E por isso talvez, por vezes, magoem tanto pq tocam em coisas que nao deviam tocar!
    um abraço enorme cheio d admiraçao
    walter

     
  • At 2:55 AM, Blogger Cristina said…

    Dreamer,
    E nunca deixes de escrever, porque o fazes com muita perfeição, e enquanto o fizeres aqui estarei para te ler
    :)
    um texto muito sincero e bonito
    beijinhuuu

     
  • At 12:40 PM, Blogger Titá said…

    Ainda bem que escreves!E que sentes como sentes....com essa entrega e pureza!

     
  • At 1:27 PM, Anonymous Anonymous said…

    lindo...

     
  • At 9:52 PM, Anonymous Anonymous said…

    Tu és um poeta genial envolvido pela tua essência e pelos teus sentimentos, e ofereces todos os teus sentires e os teus pensamentos a nós, com a simplicidade da tua intensidade, do que tu és, sem máscaras nem enganos. Por isso, e pelo encanto que despertas sempre em mim, pelo carinho que fui sentindo por ti desde que te descobri, não somente neste mundo, mas num mundo mais pessoal em que te sinto à minha maneira, nada que venha de ti será efémero. Só tenho que te agradecer! Beijo enorme * * * ;-)

     
  • At 2:15 AM, Blogger Eli said…

    Genial... atiras assim as palavras e caem sobre forma de pensamentos poéticos e de sentimentos...

    :)

     
  • At 12:56 PM, Blogger Morfeu said…

    Falas de vontades de escrever, de sonhar e viver…De porquês…Do para quem?
    Sinto estas mesmas vontades e perguntas, mas ao contrário de ti começo a não conseguir ou a querer escrever…Porque não o desejo?, pelas mesmas razões que tu o fazes, porque Amo, Venero, Deliro…e fico fraco, sem alento de que o que sou não será…
    Um abraço

     

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