Imensidões

Há imensidões de nós que na calada da noite são transcendências avulso...

Wednesday, November 02, 2005

Do certo, incerto e placebo

Sabes do que falo?
Sinto as disformes maneiras das divagações alucinógenias.
Serei eu?
Não quero mais drogas dessas... e os efeitos? Distigui-los-ei?
Eu estava a cair, eu estava a querer não me entregar a algo que me acalmasse.
O encontro desencontra-se,
e a insanidade rege-se por regras,
e assim as possibilidades emergem.
Desorienta-me, por favor.
Mas não me faças perder.
Foge comigo, mas não te esqueças das migalhas.
Só quero rosnar indecências ao ar, confessar obscenidades aos clic's do tempo.
Diria em tempos que o olhar fomenta.
O toque alimenta, o sexo escava rumores, e o regaço suplica odores.
Saudades...
Diz-se vicioso, banal, rudimentar, sabem lá...
É tão mais que suspiros, tão mais que suores.
Há reflexos que recordam intensidades, há fidelidades que só são lírica aí.
Sexo, sexo, sexo...
É tão humano, compreenda-se isso. Fundamental, essencial, fugoso, ambrósia.
Os toques dizem que sim, o corpo aceita, o corpo move-se em gestos distorcidos, em ofegantes maneiras de estar, ser e sentir, o corpo quer mais, ele implora por mais, ele grita cá dentro, ele sufoca nos olhares, ele não sabe onde está, o que mais virá, mas quer... As unhas, a pele, e os beijos mortíferos em que rebento de mim, e percorro os teus ares, sabores e odores. Os nossos sexo fundidos em ámalgamas de eternidades que criámos...O amor, o sexo, o prazer, o corpo, o meu corpo, o teu corpo, os orgasmos, os fluidos, a transcêndencia, o não querer libertar, o não me querer soltar, e o regaço que nos acolhe, quando somos um, quando a noite nos embala, quando as velas nos lembram que formas físicas possuímos, que não somos ar...
A voz desse "silêncio" ensurcedor reclama existências, mas a razão diz que não.
Já por tantas vezes quis, e consegui não ceder, cansei-me da vulgaridade do acto em si deixado a simples prazeres carnais, quero mais, bem mais.
Só quero as palavras que me deliciam a alma...
Que tal: "Amo-te e quero", ou "Quero porque te amo"...

11 Comments:

  • At 9:56 AM, Blogger Titá said…

    Ena! Pouca gente saberia escrever a paixão com tanta intensidad, sentir e movimento como fizeste aqui. parabéns!

     
  • At 1:02 PM, Blogger Orquídea selvagem said…

    Muito giro o teu texto....

     
  • At 2:51 PM, Blogger AntropoLógica said…

    Escreves com uma força impressionante. As tuas palavras explodem de significados, de vida, de sentimentos, e deixam adivinhar um sem-fim de pequenas intimidades e histórias pessoais. Talvez por isso toquem tão facilmente a alma de quem te lê. "Desorienta-me, por favor. Mas não me faças perder." Que frase mais linda. :) Bj.

     
  • At 4:10 PM, Blogger Martim said…

    Divinal como nos transportas para um sítio comum, onde gostaríamos todos de ouvir palavras mágicas, toadas por um melancólico violão.

    Abraço. Animador. Martim

     
  • At 6:57 PM, Blogger Walter said…

    Lindo demais, mas isso ja tu sabes!este é dakeles posts que bateram bem la no fundo!nao ha palavras que descrevam o q sinto qd te leio!
    um abraço
    walter

     
  • At 11:06 PM, Blogger Dameuntango said…

    Ambrósia... é o que escreves, da qual até os deuses são indignos.
    Abraço

     
  • At 1:07 AM, Blogger Margarida V said…

    lindo!!!!

     
  • At 2:50 PM, Blogger Unknown said…

    Escreves de uma forma muito forte, é preciso atenção para o compreender...Parabéns amigo. Um beijinho

     
  • At 3:25 AM, Blogger DT said…

    Amigo Pedro

    Consultei o teu perfil mas vejo que ocultas o teu endereço de email.
    Venho pedi-lo pois recebi um mail que poderá ser do teu interesse.

    Abraço

     
  • At 9:22 PM, Anonymous Anonymous said…

    A banalidade de um acto, resumir-se-à a um cansaço demasiado forte, por algo que poderia ser tanto e, no fim, é tão pouco. Sei que escreves de forma intensa, que nos fascina a todos, mas dentro de ti, sinto uma tristeza e um cansaço de tudo isto que se torna suplérfluo e tão indiferente, por vezes, para tantas pessoas. Mas, sabendo que existe sempre a oportunidade deslumbrante de sentirmos algo de transcendental, nunca deixes de acreditar... vamos acreditar os dois! =)) Beijinhos gandes***

     
  • At 12:53 PM, Blogger Morfeu said…

    Sexo, sexo, sexo... Concordo que seja humano, animal, instintivo, necessário… mas apenas isso, para mim numa simples opinião.
    Fundamental, essencial será no meu entender a união de duas almas, de dois corpos através da parte fogosa do Amor.
    Normal, o que digo? Com certeza que não, muito mais dito por um homem, mas, estou farto de encarar o sexo pelo sexo, quero mais, a plenitude de um toque, de um gesto, de uma pele, de um gemido, e nesse ponto concordo contigo na vulgaridade do acto em si, um simples prazer carnal, quero mais, muito mais, quero um "Amo-te… e quero tudo o que isso implica"

     

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