Pedaços antigos
Sempre o olhar
Sempre as folhas rasgadas, sempre as letras e as palavras a ressurgirem em mim.
Sempre as lógicas e certezas, sempre as confusões e alienações, sempre a forma de transmitir o algo que ressoa em mim...
Sempre o mundo ritualizado de fumos pálidos, de sabores amenos, de gestos sublimes, sempre o encontro de espaços maiores que as razões.
Sempre a música, as teclas de pianos, as cordas de harpas, o sopro de flautas, sempre a melodia terna de momentos codificados nos poros da minha pele.
Na dança duma vida, no louvor dum reconforto anunciado,
Num chão despido de alicerces, nas asas dum momento, no olhar dum corpo inerte, no instinto duma mão que não quer cessar.
Sempre o poeta, no seu leito de mar, nas aragens subtis, na suave essência de mundos místicos,
Lá nas terras de ninguém, nos espaços de coisa alguma, no segredo duma alma guerreira.
Sempre o unir, o aliar, juntar e fundir, sempre o acreditar no mais ínfimo relance de existência.
As árvores sabem do que falo, os pássaros parecem gigantes de sabedoria perante mim, e a vida é assim,
Sempre no conforto e no desconforto, sempre no limiar, no limbo das presenças, no encanto da inocência
Sempre a cólera da natureza intrínseca, sempre as brumas pacíficas murmuradas por possibilidades dum novo alcançar...
Sempre as eras de monstros, de deuses, anjos e demónios,
Sempre o enfrentar... e o continuar.
E o nómada poeta que se magoa sem cair, que sonha sem voar, que sussura sem ceder
Sabe que há sempre em si, na essência do toque, na virtualidade do ser, no espanto do conhecer, na surpresa do descobrir, numa folha branca
O amor...
As árvores sabem do que falo, os pássaros parecem gigantes de sabedoria perante mim, e a vida é assim,
Sempre no conforto e no desconforto, sempre no limiar, no limbo das presenças, no encanto da inocência
Sempre a cólera da natureza intrínseca, sempre as brumas pacíficas murmuradas por possibilidades dum novo alcançar...
Sempre as eras de monstros, de deuses, anjos e demónios,
Sempre o enfrentar... e o continuar.
E o nómada poeta que se magoa sem cair, que sonha sem voar, que sussura sem ceder
Sabe que há sempre em si, na essência do toque, na virtualidade do ser, no espanto do conhecer, na surpresa do descobrir, numa folha branca
O amor...
12 Comments:
At 4:09 PM, Walter said…
Há pedaços antigos que são partes indissociaveis de nos e por mais que os neguemos, eles acabam sempre por reclamar o seu lugar em nós!
um abraço enorme
walter
PS- ve la se me deixas tempo pa assimilar o que escreves pq a este ritmo frenetico nao da! :P:P agr a serio continuas em grande!
At 1:51 AM, DT said…
Amigo Pedro
Em boa hora regresso à imensidão de sentidos que são os teus textos.
Mais um, brilhantemente bem escrito.
Abraço
At 2:12 AM, Eli said…
Sempre...
...o amor...
:)
At 2:16 AM, Eli said…
Ah! Escreves muito bem!
Já te tinha dito?!
:)
At 1:37 PM, Rita said…
descobri-te por acaso atraves de um outro blog. assim q abriu a página ao ver o template pensei que me tivesse enganado, tens um template igual ao meu, surpreendeu-me... fiquei a ler...
"escreves bem"...
bem é favor, para lá de bem.
bj
At 5:11 PM, © Piedade Araújo Sol (Pity) said…
Sempre!!!
Por favor escreve
Sempre
Sempre assim!!
At 9:33 PM, Anonymous said…
Depois de ler, resta-me dizer que está bem escrito, bem escrito, além de bonito.
At 11:42 PM, Conceição Paulino said…
o jogo do imponderável com o permanente k sustenta a vida.boa semana. Bjs de luz e paz :)
At 10:04 AM, Anonymous said…
Fantástico!
Gosto muito da forma como escreves!
Boa semana!
Obrigada pelo comentário no meu blog!
At 12:59 PM, Morfeu said…
Um sonhador, um nómada poeta que serenamente observa o mundo que o rodeia. Sente, ergue as mas e consegue parar tudo em seu redor…sente os pormenores, as lógicas, os conceitos, as pessoas, razões e sentidos dos Porquês que nos envolvem…
És mais, muito mais que um nómada poeta, és um Criador nato de um Mundo demasiado pequeno para os teus sonhos.
Um abraço
At 10:22 PM, Anonymous said…
Sempre tu...
E, de certa forma, sempre eu tb...
*
At 12:55 AM, Anonymous said…
E no fim de tudo e em tudo - o Amor :-)
Beijo doce
Post a Comment
<< Home